sexta-feira, 11 de abril de 2008

Você perguntou, eu respondi.

Você perguntou, eu respondi.

“O que é a ceia?”

(I Corintios 11:26) Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha”.

Para responder o que é a Ceia é preciso entender o que foi a primeira Ceia. A primeira Ceia foi a comemoração da Páscoa ("E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça").

A Páscoa como todo sabemos é um ritual que se iniciou durante a retirada do povo hebreu do Egito, como proteção de Deus para o último juízo de Deus sobre Faraó, que foi a praga da morte de todos os primogênitos do Egito, inclusive dos animais ("E aconteceu, à meia noite, que o SENHOR feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.").

Ali estava “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" presente na Páscoa como sempre foi desde aquele fatídico dia, no Egito. O cordeiro pascal salvou a vida daquelas pessoas. O que sempre penso a este respeito é o seguinte: algum hebreu incrédulo não acreditou no que Moisés falou e não matou o cordeiro da páscoa e não aspergiu o seu sangue sobre as umbrais, e, ao mesmo tempo, vejo um egípcio que foi avisado por amigo hebreu sobre o juízo de Deus e sobre como Deus os livraria, e ele creu, e foi levado pelo hebreu à sua casa e salvou-se pelo poder redentor do cordeiro da páscoa. Isto não está escrito, mas certamente aconteceu, naquele dia de juízo.

Aquele cordeiro representava, era figura, do verdadeiro Cordeiro de Deus, que é nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.

A ceia é comunhão com o Cordeiro, pois nos alimentamos da sua carne e do seu sangue, no sentido de que nos apossamos da grande salvação e grande libertação e tremenda justificação que ele nos dá, de graça, por amor, pois ninguém o obrigou a fazer o que fez, o sacrifício perfeito que agradou a Deus, pois era poderoso o suficiente para tirar o pecado do mundo e trazer salvação a todo o mundo e muito mais, enquanto que o cordeirinho da páscoa só salvava o primogênito que estivesse dentro da casa com os umbrais aspergidos.

A ceia é meditação, é reflexão, é lembrança, é consideração da grandeza da graça que nos salva.

A ceia é comunhão com os irmãos, com os santos, com aqueles que hão de herdar a salvação, é discernimento do corpo que é habitado pelo poderoso Espírito de Cristo, do Deus Pai. É comunhão com “a plenitude Daquele que a tudo enche em toda a existência”.

“Ela é santa? Por que?”

(Isaías 54:5) "Porque o teu Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; que é chamado o Deus de toda a terra. "

Ela é santa porque quem a instituiu é o Santo de Israel, o Deus santo Todo-poderoso, ela é santa porque dá-se na presença daquele “nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor”.

“Só pão e vinho? Por que?”

(Juízes 19:19) "Todavia temos palha e pasto para os nossos jumentos, e também pão e vinho há para mim, e para a tua serva, e para o moço que vem com os teus servos; de coisa nenhuma há falta”.

Pão e vinho significam alimento. Não precisa ser especificamente pão e vinho, pois o alimento que queremos é para nossas almas a comunhão com o Senhor e com seus filhos. É pão, é vinho, é lavar-de-pés, é mesa, é água, é erva amarga, é carne de cordeiro. Mas isto são apenas símbolos, pois o que na verdade a ceia é comunhão com Deus e comunhão com os irmãos, é reflexão sobre a graça, é serviço aos irmão, é discernimento do corpo de Cristo, é saudade, é esperança em sua volta. Ele disse que não beberia vinho novamente até que voltasse e estivesse novamente conosco, até que se cumprisse o reino de Deus.

“Quando e onde ceiar?”

(Marcos 14:15) “E ele vos mostrará um grande cenáculo mobiliado e preparado; preparai-a ali”.

Jesus ceou num ‘grande cenáculo’ [grande refeitório ou grande sala de jantar] que foi cuidadosamente preparado para o evento, acho que devemos preparar o local cuidadosamente também para a finalidade. De resto, onde cear? Onde estiverem dois ou três reunidos em seu nome, pois é essa a condição ‘sine-qua-non’ para que a presença dele se torne real. E, estando ele presente porque não cear?

“Quem pode ceiar?”

(I Corintios 1:9) “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados [os coríntios, todos] para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor”.

Quem pode cear? Dois ou três reunidos em seu nome, qualquer dois ou três sem distinção. O pão é só pão para o que não tem fé, o vinho também não passa de aperitivo ou uma bebidinha para o que não tem fé. Portanto, não devemos nos preocupar com quem está participando da ceia. O traidor de Jesus não estava lá? O importante é a presença dEle, pois ele pode salvar, converter, mudar a natureza pecaminosa de quem quer que seja.


Celso Oliveira em 11/4/2008



Um comentário:

ROMIM DIOGO disse...

parabens pela sabedoria!