terça-feira, 30 de setembro de 2008

Entendendo a Crise Americana

É assim ó:

O ’seo’ Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça “na caderneta” aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobre preço que os pinguços pagam pelo crédito).O gerente do banco do ’seo’ Biu, um ousado administrador com curso de MBA, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento do ’seo’ Biu tendo o pendura dos pinguços como garantia.Uns seis Zé-cutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CCB, CDC, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer. Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (são as tais cadernetas do ’seo’ Biu). Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

… Até que alguém descobre que os bêbados da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o bar do ’seo’ Biu vai à falência. E toda a cadeia sifu.

Dica do Blog Contra o Vento.

Jesus está namorando...

- Bom, Mack, nosso destino final não é a imagem do Céu que você tem na cabeça. Você sabe, a imagem de portões adornados e ruas de ouro. O Céu é uma nova purificação do universo, de modo que vai se parecer batante com isso aqui.

- Então que história é essa de portões adornados e ruas de ouro?

- Esta, irmão - começou Jesus, deitando-se no cais e fechando os olhos por causa do calor e da claridade do dia -, é uma imagem de mim e da mulher por quem sou apaixonado.

Mack olhou para ver se ele estava brincando, mas obviamente não estava.

- É uma imagem da minha noiva, a Igreja: indivíduos que juntos formam uma cidade espiritual com um rio vivo fluindo no meio e nas duas margens árvores crescendo com frutos que curam as feridas e os sofrimentos das nações. Essa cidade está sempre aberta e cada portão que dá acesso a ela é feito de uma única pérola... - Ele abriu um olho e olhou para Mack. - Isso sou eu! - Ele percebeu a dúvida de Mack e explicou: - Pérolas, Mack. A única pedra preciosa feita de dor, sofrimento e, finalmente, morte.

- Entendi. Você é a entrada, mas... - Mack parou, procurando as palavras certas. - Você está falando da Igreja como essa mulher por quem está apaixonado. Tenho quase certeza de que não conheço essa Igreja. - Ele se virou ligeiramente para o outro lado. - Não é certamente o lugar aonde eu vou aos domingos - disse mais para si mesmo, sem saber se era seguro falar em voz alta.

- Mack, isso é porque você só está vendo a instituição, que é um sistema feito pelo ser humano. Não foi isso que eu vim construir. O que vejo são as pessoas e suas vidas, uma comunidade que vive e respira, feita de todos que me amam, e não de prédios, regras e programas.
Mack ficou meio abalado ouvindo Jesus falar de "igreja" desse modo, mas isso não chegou a surpreendê-lo. De fato, foi um alívio.

- Então como posso fazer parte dessa Igreja? Dessa mulher pela qual você parece estar tão apaixonado?

- É simples, Mack. Tudo só tem a ver com os relacionamentos e com o fato de compartilhar a vida. É exatamente o que estamos fazendo agora, simplesmente isso, sendo abertos e disponíveis um para o outro. Minha Igreja tem a ver com as pessoas e a vida tem a ver com os relacionamentos. Você pode construí-la. É o meu trabalho e, na verdade, sou bastante bom nisso - disse Jesus com um risinho.

Para Mack essas palavras foram como um sopro de ar puro! Simples. Não um monte de rituais exaustivos e uma longa lista de exigências, nada de reuniões intermináveis com pessoas desconhecidas. Simplesmente compartilhar a vida. [continua...]

A cabana de William P. Young, p. 164,165

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

COMO DEUS VÊ A MULHER?

Por Frank Viola

Nota: Esta é a tradução de uma mensagem dada por Frank Viola a uma nova igreja plantada em Santiago, Chile, no dia 31 de Dezembro de 2001.

Após esta mensagem, se esta fita sair daqui e alguém a escuta neste país, serei definitivamente condenado como herege. Quiçá até ponha minha vida em perigo. E o que é mais, após a mensagem desta noite, alguns dos homens aquí presentes não desejarão que regresse.

As mulheres, não obstante, pedirão que me mude a este país!

Tomemos nota dos seguintes versos:

E as mulheres que tinham vindo com Ele desde Galiléia seguiram atrás, e viram o sepulcro e como foi colocado o corpo. (Lucas 23:55 LBLA)

Todos estes estavam unânimes, entregados de contínuo à oração junto com as mulheres, e com Maria a mãe de Jesus, e com os irmãos dEle. (Atos 1:14 LBLA)

Vou preparar a cena descrevendo como eram vistas as mulheres antes da vinda de Jesus. Por conseguinte, situemos-nos em Israel nos dias antes do nascimento de Cristo.

Os judeus tinham uma visão um tanto difusa a respeito da mulher. Não lhes era permitido receber educação alguma, em conseqüência eram bastante incultas. As unicas coisas que sabiam fazer era criar aos filhos e manter a casa.

Também as mulheres estavam um tanto excluídas da adoração a Deus. No templo de Herodes, tinha um pátio exterior onde podiam estar, era este chamado o "Pátio dos Gentios". Os gentios podiam entrar nesse pátio e estavam limitados somente a essa área. Cinco degraus acima desse pátio dos gentios encontrava-se o "Pátio das Mulheres". As mulheres estavam limitadas somente a essa área. Quinze degraus acima deste pátio encontrava-se o "Pátio dos Homens" judeus. Assim lhes era dado um privilégio bem maior para adorar a Deus que às mulheres.

Um mulher não tinha poder de decisão em seu casamento. O pai decidia com quem tinha que se casar, quando devia se casar e porque tinha que se casar. A mulher não podia se divorciar de seu esposo sob nenhuma condição. Somente o homem podia iniciar o divórcio.

A mulher judia devia ser vista em público o menos possível; de fato, eram advertidos aos jovens a não falar em público com mulheres, a tal ponto, que era uma vergonha, na antiga Israel, o que um homem falasse em público com uma mulher.

Conseqüentemente, a maioria das mulheres não saíam às ruas. Eram consideradas inferiores aos homens. Eram uma propriedade igual ao gado e os escravos. Uma mulher era vista como posse exclusiva do homem e não podiam herdar propriedades.

Os homens judeus diariamente oravam dando sua ações de graça.

Vou ler-lhes esta oração. Mostra a pouca estima que o homem judeu tinha para a mulher. Diz assim:
- Louvado seja Deus, que não me criou gentil
- Louvado seja Deus, que não me criou mulher
- Louvado seja Deus, que não me criou homem ignorante.

Este era o ponto de vista do homem judeu do século primeiro para a mulher. Não era muito melhor em outras culturas. De fato, desde a queda do homem, a mulher sempre foi considerada como um cidadã de segunda categoria – inferior ao homem.

Mas algo sucedeu que fez mudar isto…

Cristo veio!

Em Jesus Cristo encontramos a visão que Deus tem sobre a mulher. Não do ponto de vista do homem. Não do ponto de vista do americano. Não do ponto de vista do europeu. Não do ponto de vista do asiático, nem do africano, nem do sul-americano. Nem sequer o ponto de vista chileno. Senão o ponto de vista de Deus!

Jesus Cristo é Deus feito carne. Portanto, Ele expressa o coração de Deus. Em Sua vida terrena, Jesus Cristo era a expressão visível de Deus em pessoa. Assim em suas ações e em suas palavras, encontramos o ponto de vista de Deus a respeito da mulher. E este ponto de vista é extremamente contrário ao mais prevalente ponto de vista daquela época.

Consideremos isto. Deus visitou a uma mulher. Ele elegeu a uma mulher para trazer a este mundo a Seu Filho, o Messias – O Ungido de Deus – que Israel estava esperando a milhares de anos.

Ele determinou que Seu Filho unigênito viesse a este mundo por meio de uma mulher. A vida de Deus, irmãos e irmãs, foi, em primeiro lugar, colocada no seio de uma mulher antes de chegar a nós. Antes que a vida de Deus fosse posta em algum outro ser humano, antes de que a vida de Deus fosse posta em outro homem, foi em primeiro lugar colocado dentro de uma mulher. E Deus não se sentiu envergonhado por isso!

Irmãs, este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher. Tomem o alto lugar que lhes corresponde.

Mas isto não é tudo. Durante seu ministério, Jesus Cristo fez em pedaços todas as convenções sociais que eram colocadas em frente à mulher. Numa ocasião, Ele se levantou em defesa de uma mulher acusada de adultério. Converteu-se em seu advogado. Ele salvou seu vida. E Deus não se envergonhou por isso.

Era sabido que Cristo se juntava com pecadores, comia com prostitutas e coletores de impostos. Diz-nos no capítulo 4 de João encontrou-se com uma mulher que era de Samaria e Ele fez algo que deixou assombrados a seus discípulos.

Falou com ela em público!

E não se envergonhou por isso.

Mas não somente era uma mulher, senão que também era divorciada. E não somente era divorciada senão que também era uma adúltera vivendo em adultério.

Não somente era uma mulher, uma divorciada, uma adúltera vivendo em adultério, senão que era pior que um gentil: era uma samaritana – uma mulher de baixa casta. Um samaritano era uma pessoa à que nunca um judeu lhe dirigia a palavra.

Mas nosso Senhor falou em público a esta mulher samaritana, divorciada e adúltera e perdoou-lhe seus pecados. [e revelou-se a ela como o Messias].

E não se envergonhou por isso.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

E ainda não é tudo. Em Suas parábolas, Jesus Cristo tinha por costume converter às mulheres em heroínas. Falou a respeito da mulher que buscou sua moeda perdida. Falou da mulher que foi incansável com o juiz injusto e a honrou por seu perseverança. Falou da viúva que depositou no templo uma pequeníssima quantidade de dinheiro, o único que tinha, e a engrandeceu por assim o fazer. E não lhe deu vergonha.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Em certa ocasião, quando Jesus ceava com um fariseu de renome, entrou uma mulher. Mas esta não era uma mulher comum. Era uma mulher da rua – uma prostituta.

Ao ver ao Senhor, deixou-se cair de joelhos e extraiu todas suas poupanças. Sacou todas as posses que tinha neste mundo na forma de um frasco de azeite de incalculável valor, o rompeu o derramando sobre os pés de nosso Senhor.

Esta mulher impura tocou a Jesus Cristo! Em público!

A mulher chorou, lavando os pés de Jesus Cristo com suas lágrimas e secando-os com seus cabelos.

Este ato escureceu a mente do pretensioso fariseu e nesse momento, perdeu todo o respeito que tinha por Jesus chegando a duvidar que Ele fosse um profeta.

Mas Ele não se envergonhou!

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Mas isto também não é tudo. Vosso Senhor permitiu a uma mulher impura que lhe tocasse a borda de Sua túnica e não se envergonhou por isso. De fato, louvou-a por tê-lo fato! Do mesmo modo deu a uma mulher cananéia, os que eram considerados como cães aos olhos dos israelitas, um dos mais altos elogios que Jesus deu. Do mesmo modo sanou a sua filha e também não envergonhou-se por isso.

Nas últimas horas do Senhor na terra, ficou numa pequena vila chamada Betânia. Foi ali onde passou nos últimos dias dantes de dar Sua vida no Calvário. Jesus foi à casa de duas mulheres que habitavam em Betânia. Elas eram Suas amiga e como tal lhe receberam e Ele não se envergonhou por isso.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Quando Lucas escreve seu evangelho, fala dos doze apóstolos. Com freqüência, referindo-se a eles, utiliza a abreviatura “os Doze”. Esses homens estiveram com o Senhor por três anos e meio. Viveram com Ele e lhe seguiram a todas partes onde foi. Mas Jesus também tinha um grupo de mulheres que lhe seguiam em adição aos Doze. Lucas também utilizou uma abreviatura para se referir a elas. Simplesmente chamou-as “as Mulheres”. Ele utiliza esta palavra na mesma forma que utiliza os Doze. Elas eram as discípulas do Senhor. Eram Suas seguidoras igual aos Doze. As Mulheres seguiam ao Senhor por onde queira que Ele for e lhe atendiam em Suas necessidades. Cuidavam-lhe e em nenhum momento Ele se sentiu envergonhado por isso.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Mas ainda há mais. Os maiores discípulos de Jesus Cristo não foram os Doze.

Foram as Mulheres.

A razão?

Porque elas lhe foram mais fiéis.

Quando Jesus Cristo foi levado à morte, os doze desapareceram. Desvaneceram-se. Disseram-lhe “até a vista, amigo”.

Mas as mulheres estiveram com Ele!

Não lhe abandonaram.

Seguiram-lhe até o Calvário fazendo o que sempre tinham feito: confortar-lhe.

E viram-lhe passar por uma sangrenta e mortal crucificação.

Seis horas de tortura.

Ao ver um homem passar pela mais miserável e penosa morte é algo que vai na contramão de até a mais pequena fibra que mora no corpo de uma mulher. Não obstante, não lhe abandonaram. Estiveram com Ele todo esse tempo e Ele não se envergonhou por isso.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Após Sua morte, foram as Mulheres quem foram em primeiro lugar a seu enterro. Elas lhe seguiam e lhe cuidavam até após Sua morte.

E quando ressuscitou, as primeiras caras que Ele viu – os primeiros olhos que lhe viram – foram os olhos das Mulheres.

Foi a elas a quem lhes foi dado o privilégio de anunciar Sua ressurreição… e não se envergonhou por isso.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

No dia de Pentecostes as mulheres estavam presentes no aposento superior – esperando Sua volta – junta aos Doze. Elas nunca lhe abandonaram. Quando os homens não lhe estão seguindo mais, elas o fazem. Seguiram-lhe até o final. Sua paixão e dedicação para com Ele escureceu à dos homens… e Deus não se envergonhou por isso.

Por toda a vida do Senhor, foram as mulheres as que se cuidaram de Suas necessidades físicas. Foram as mulheres as que lhe cuidaram inclusive até o amargo final de seu glorioso clímax. Não foram os homens, senão as mulheres as que apoiaram a Jesus financeiramente durante Seu ministério.

Lucas 8
1 Depois disso Jesus ia passando pelas cidades e povoados proclamando as boas novas do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele,
2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, de quem haviam saído sete demônios;
3 Joana, mulher de Cuza, administrador da casa de Herodes; Susana e muitas outras. Essas mulheres ajudavam a sustentá-los com os seus bens.


Elas eram indispensáveis para Ele… e não se envergonhava por isso.

Mas para além de todas essas coisas maravilhosas que o Senhor fez para mostrar a beleza da mulher, Ele fez algo mais.

Ele te elegeu a ti – uma mulher – como mostra, para nos dizer por quem tinha vindo morrer nesta terra: Sua Esposa. E também não deu-lhe vergonha!

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Irmãos, honrem a suas irmãs no Reino de Deus. Pois Deus honra-lhes a elas.

Permitam-me recordar-lhes que quando Deus extraiu a Eva de Adão, Ele não o fez de seus pés nem de sua cabeça, senão de seu lado.

Irmãs, vocês sois as parceiras herdeiras no Reino de Deus. Vocês sois as parceiras sacerdotisas na igreja. Sois honradas. Sois queridas. Sois valiosas. Sois necessárias. Em Cristo não há homem nem mulher. Sois Suas amigas, Suas seguidoras, sim, sois de Sua própria classe.

Por conseguinte, irmãs, tomai o alto lugar que vos corresponde… pois assim é como Deus vos vê.

Deus não se relaciona pela autoridade e hierarquia

- Mackenzie, não existe conceito de autoridade superior entre nós, apenas de unidade. Estamos num círculo de relacionamento e não numa cadeia de comando. O que você está vendo aqui é um relacionamento sem qualquer camada de poder. Não precisamos exercer poder um sobre o outro porque sempre estamos procurando o melhor. A hierarquia não faria sentido entre nós. Na verdade, isso é um problema de vocês, não nosso.
- Verdade? Como assim?
- O humanos estão tão perdidos e estragados que para vocês é quase incompreensível que as pessoas possam trabalhar ou viver juntas sem que alguém esteja no comando.
- Mas qualquer intituição humana, desde as políticas até as empresariais, até mesmo o casamento, é governada por esse tipo de pensamento. É a trama do nosso tecido social - declarou Mack.
- Que desperdício! - disse Papai, pegando o prato vazio e indo para a cozinha.
- Esse é um dos motivos pelos quais é tão difícil para vocês experimentar o verdadeiro relacionamento - acrescentou Jesus. - Assim que montam uma hierarquia, vocês precisam de regras para protegê-la e administrá-la, e então precisam de leis e da aplicação das leis, e acabam criando algum tipo de cadeia de comando que destrói o relacionamento, em vez de promovê-lo. Raramente vocês acabam perdendo a maravilha do relacionamento que nós pretendemos para vocês.
- Bom - disse Mack com sarcasmo, recostando-se na cadeira. - Certamente parece que nos adaptamos muito bem a isso.
Sarayu foi rápida em responder:
- Não confunda adaptação com intenção, ou sedução com realidade.
- Então... ah, por favor, poderia me passar mais um pouco dessa verdura? ... Então nós fomos seduzidos por essa preocupação com a autoridade?
- De certo modo, sim! - respondeu Papai, passando o prato de verduras para Mack com uma certa relutância. - Só estou cuidando de você, filho.
Sarayu continuou:
- Quando vocês escolhem a independência nos relacionamentos tornam-se perigosos uns para os outros. As pessoas se tornam objetos a serem manipulados ou adminstrados para a felicidade de alguém. A autoridade, como vocês geralmente pensam nela, é meramente a desculpa que o forte usa para fazer com que os outros se sujeitem ao que ele quer.
- Ela não é útil para impedir que as pessoas lutem interminavelmente ou se machuquem?
- Às vezes. Mas num mundo egoísta também é usada para infligir grandes danos.
- Mas vocês não a usam para conter o mal?
- Nós respeitamos cuidadosamente as suas escolhas e por isso trabalhamos dentro do seus sistemas, ao mesmo tempo que procuramos libertá-los deles - continuou Papai. - A Criação foi levada por um caminho muito diferente daquele que desejávamos. Em seu mundo, o valor do indivíduo é constantemente medido em comparação com a sobrevivência do sistema, seja ele político, econômico, social ou religioso; na verdade, de qualquer sistema. Primeiro uma pessoa, depois uma poucas e finalmente muitas são facilmente sacrificadas pelo bem e pela permanência do sistema. De uma forma ou de outra, isso está por trás de cada luta pelo poder, de cada preconceito, de cada guerra e de cada abuso de relacionamento. A "vontade de poder e independência" se tornou tão disseminada que agora é considerada normal.
- E não é?
- É o paradigma humano - acrescentou Papai, após retornar com mais comida. - É como água para os peixes, tão natural que permanece sem ser vista e questionada. É a matriz, uma trama diabólica em que vocês estão presos sem esperança, mesmo que completamente inconscientes da sua existência.
Jesus continuou:
- Como glória máxima da Criação, vocês foram feitos à nossa imagem. Se realmente tivessem aprendido a considerar que as preocupações dos outros têm tanto valor quanto as suas, não haveria necessidade de hierarquia.
Mack se recostou na cadeira, perplexo com as implicações do que ouvia.
- Então vocês estão me dizendo que sempre nós, humanos, usamos o poder para nos proteger...
- Estão cedendo à matriz e não a nós - terminou Jesus.
- E agora - exclamou Sarayu - completamos o círculo, voltando a uma das minhas declarações inciais: vocês, humanos, estão tão perdidos e estragados que não conseguem compreender um relacionamento sem hierarquia. Por isso acham que Deus se relaciona dentro de uma hierarquia, tal como vocês. Mas não somos assim.
- E como podemos mudar isso? Se abrirmos mão do poder e da hierarquia, as pessoas simplesmente vão nos usar.
- Provavelmente sim. Mas não estamos pedindo que faça isso com os outros, Mack. Pedimos que faça conosco. Este é o único lugar onde isso pode começar. Não vamos usar você.

A cabana de William P. Young, p. 111, 112,113 e 114

P.S.: Ficção envolvente, profunda e recheada de conversas tocantes... está valendo a leitura! Recomendo...

sábado, 27 de setembro de 2008

A vida em comunidade

«Que doce e agradável é para os irmãos viver juntos em harmonia!» (Sal. 133, 1).

Vamos examinar a seguir alguns ensinos e regras da Escritura sobre nossa vida em comum sob a palavra de Deus.

Contrariamente ao que poderia parecer à primeira vista, não se deduz que o cristão tenha que viver necessariamente entre outros cristãos. O próprio Jesus Cristo viveu no meio de seus inimigos e, ao final, foi abandonado por todos seus discípulos. Encontrou-se na cruz só, rodeado de malfeitores e blasfemos.

Tinha vindo para trazer a paz aos inimigos de Deus. Por esta razão, o lugar da vida do cristão não é a solidão do claustro, senão a companhia mesmo do inimigo.

Aí está sua missão e sua tarefa. «O reino de Jesus Cristo deve ser edificado no meio de teus inimigos. Quem recusa isto renuncia fazer parte deste reino, e prefere viver rodeado de amigos, entre rosas e lírios, longe dos malvados, num círculo de gente boa. Não vedes que assim blasfemais e traís a Cristo? Se Jesus tivesse atuado como vocês, quem teria podido se salvar? » (Lutero).

Dietrich Bonhoeffer

CRISTÃO E PAGÃOS

Poema escrito por Dietrich Bonhoeffer em julho de 1944

1

Homens na sua angústia se chegam a Deus,
imploram auxílio, felicidade e pão; que salve de doença, de culpa e de morte os seus. Assim fazem todos: Cristão e Pagão.

2

Homens se aproximam de Deus, quando Ele em dor, acham-no pobre, insultado, sem agasalho, sem pão. Vêem-no por nosso pecado vencido e morto, o Senhor: Cristãos permanecem com Deus na Paixão.

3

Deus está com todos em sua angústia e dor.
Ele dará de corpo e alma o eterno pão.
Morre por cristãos e pagãos como Salvador,
e a ambos perdoa em sua paixão.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O Espírito Santo e os Samaritanos

Certa vez Pedro e João ouviram que as portas do Evangelho estavam se abrindo em Samaria e foram para lá. Houve um grande avivamento naquela cidade por meio de Filipe. Filipe foi um grande evangelista. Deus o usou e toda a cidade foi virada de cabeça para baixo. Os samaritanos receberam a Palavra de Deus, ali estava um corpo de cristãos, não apenas um ou dois indivíduos. Todavia, aquelas pessoas haviam sido batizadas em nome do Senhor, mas não haviam recebido o Espírito Santo ainda.

A questão central nesse caso é a seguinte: por muitos anos, judeus e samaritanos eram inimigos. Os judeus ortodoxos, por exemplo, quando viajavam, nunca passariam por Samaria, tomariam um rota alternativa, mesmo que mais longa. Mas, um dia, nosso Senhor, intencionalmente, passou por Samaria, Ele queria encontrar com aquela mulher samaritana. Então temos o capítulo 4 do Evangelho de João. Muitas vezes nosso Senhor passou por aquela vila, mas, em determinada ocasião, nosso Senhor não foi aceito pelos samaritanos. Tiago e João ficaram muito irados com aquela atitude. Sempre achamos que João era uma pessoa muito tranqüila e mansa, afinal ele era o apóstolo do amor, também foi aquele que se reclinou no seio de nosso Senhor. Os artistas sempre retrataram o apóstolo João muito delicado. Mas o Senhor nos conhece muito bem e chamou Tiago e João de "filhos do trovão". Você sabe quanto TNT tem naqueles filhos do trovão? Porque os samaritanos naquele dia não receberam o Senhor Jesus, ele ficaram "trovejando": "Vamos orar como Elias, para que desça fogo dos céus e consuma a todos!".

O apóstolo do amor, aquele que escreveu as cartas de João e o Evangelho, agindo dessa forma! Graças a Deus, eles foram salvos e, por causa do dia de Pentecostes, tornaram-se membros do Corpo de Cristo. Então Pedro e João foram à igreja em Samaria. Naquela cidade, naturalmente judeus e samaritanos não se comunicavam, nada tinham a ver uns com os outros. Mas agora Pedro e João não podiam mais agir assim, haviam sido batizados em um só corpo, Pedro e João precisavam agir de acordo com essa verdade. No dia de Pentecostes e na casa de Cornélio, o Espírito Santo desceu sem imposição de mãos. Isso demonstra que foi o Cabeça da igreja quem derramou o Espírito Santo. Mas, agora, porque o batismo já havia acontecido e não podemos fazer com que se repita, Pedro não poderia pedir ao Senhor Jesus que derramasse Seu Espírito novamente. Então eles foram a Samaria, oraram por aqueles cristãos e impuseram as mãos sobre eles. Imposição de mãos significa comunhão.

Pedro e João representam o Cabeça. Então aqueles samaritanos apropriaram-se daquilo que o Cabeça fez no dia de Pentecostes e receberam o Espírito (Atos 8:14-17). Isso significa que eles são um com todos os santos. Historicamente, eram inimigos, mas agora são irmãos; em Cristo, não há judeu nem samaritano, apenas a igreja. Que tremendo! Por isso foi muito importante o fato de Pedro e João terem ido a Samaria e pedido que o Espírito Santo descesse. Para João em particular esse evento foi muito importante, pois ele lembrava muito bem que há algum tempo havia pedido ao Senhor que lhes permitissem fazer descer fogo do céu. Eles odiavam aqueles samaritanos, mas agora ele haviam sido salvos e batizados em um corpo. Em vez de enviar fogo, aquele filho do trovão foi levado pelo Senhor para a mesma região e orar por aqueles samaritanos. Para João deve ter sido uma experiência muito significativa, então eles oraram. Algum tempo atrás, ele queria orar para que descesse fogo, mas agora existe este amor maravilhoso. Apenas o amor pode unir João e os samaritanos. João queria destruir aqueles samaritanos, mas agora eles eram um em Cristo. Que quadro maravilhoso!

Quando estudamos o livro de Atos, não vemos somente fogo e vento, há muito mais do que isso. Aconteceu com a igreja de Deus algo que este mundo nunca poderá fazer. O que aconteceu em Pentecostes é muito maior do que falar em línguas, muito maior que a cura divina. Nós cremos na cura divina, cremos que todas essas coisas podem acontecer ainda hoje, mas devemos lembrar que, depois do dia de Pentecostes, após o Espírito Santo ter fixado residência sobre a terra, após o Pai e o Filho fazerem Sua morada sobre a terra, algo aconteceu nesta terra que nunca havia acontecido antes.

Autor: Christian Chen
Extraído do livro, Andai no Espírito – Christian Chen – Edições Tesouro Aberto

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Os Falsos Mestres e a sua Destruição

No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação paira sobre eles, e a sua destruição não tarda.

Pois Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no tártaro, prendendo-os em abismos tenebrosos a fim de serem reservados para o juízo. Ele não poupou o mundo antigo quando trouxe o Dilúvio sobre aquele povo ímpio, mas preservou Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas. Também condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, tornando-as exemplo do que acontecerá aos ímpios; mas livrou Ló, homem justo, que se afligia com o procedimento libertino dos que não tinham princípios morais (pois, vivendo entre eles, todos os dias aquele justo se atormentava em sua alma justa por causa das maldades que via e ouvia). Vemos, portanto, que o Senhor sabe livrar os piedosos da provação e manter em castigo os ímpios para o dia do juízo, especialmente os que seguem os desejos impuros da carne e desprezam a autoridade.

Insolentes e arrogantes, tais homens não têm medo de difamar os seres celestiais; contudo, nem os anjos, embora sendo maiores em força e poder, fazem acusações injuriosas contra aqueles seres na presença do Senhor. Mas eles difamam o que desconhecem e são como criaturas irracionais, guiadas pelo instinto, nascidas para serem capturadas e destruídas; serão corrompidos pela sua própria corrupção! Eles receberão retribuição pela injustiça que causaram. Consideram prazer entregar-se à devassidão em plena luz do dia. São nódoas e manchas, regalando-se em seus prazeres, quando participam das festas de vocês. Tendo os olhos cheios de adultério, nunca param de pecar, iludem os instáveis e têm o coração exercitado na ganância. Malditos! Eles abandonaram o caminho reto e se desviaram, seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o salário da injustiça, mas em sua transgressão foi repreendido por uma jumenta, um animal mudo, que falou com voz humana e refreou a insensatez do profeta.

Esses homens são fontes sem água e névoas impelidas pela tempestade. A escuridão das trevas lhes está reservada, pois eles, com palavras de vaidosa arrogância e provocando os desejos libertinos da carne, seduzem os que estão quase conseguindo fugir daqueles que vivem no erro. Prometendo-lhes liberdade, eles mesmos são escravos da corrupção, pois o homem é escravo daquilo que o domina. Se, tendo escapado das contaminações do mundo por meio do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontram-se novamente nelas enredados e por elas dominados, estão em pior estado do que no princípio. Teria sido melhor que não tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, depois de o terem conhecido, voltarem as costas para o santo mandamento que lhes foi transmitido. Confirma-se neles que é verdadeiro o provérbio: “O cão volta ao seu vômito” e ainda: “A porca lavada volta a revolver-se na lama”.

Pedro, apóstolo.

Os Judeus (não) mataram Jesus!



Apontar a raça judia como a total responsável pela morte de Jesus é uma das maiores calúnias da história. Ninguém imagina considerar os modernos italianos (Roma) responsáveis pelo que os antepassados deles fizeram dezenove séculos atrás. Joseph Klaussner escreve: “Os judeus, como nação, foram muito menos culpados da morte de Jesus do que foram os gregos, como nação, culpados da morte de Sócrates; mas quem agora pensaria em vingar o sangue do grego Sócrates nos seus compatriotas, a atual raça grega? Mas nesses 1900 anos passados, o mundo tem vingado o sangue do judeu Jesus nos seus compatriotas, os judeus, que já pagaram a penalidade e continuam pagando em rios e torrentes de sangue”. Isso apesar do fato de Jesus dizer que veio para “as ovelhas perdidas de Israel” e apesar de que quase todos os cristãos primitivos foram judeus.

Phillip Yancey, em “O Jesus que eu nunca conheci”. Notas do Capítulo 10, pg. 304.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A curva da rua curva

Após cruzar florestas virgens,
Como fazem os bons bezerros
Um bezerro retornou para casa;
Mas uma sinuosa trilha seu rastro deixou
Como todos os bezerros deixam.
Trezentos anos se passaram desde então,
O bezerro está morto, eu acredito.
Mas seu rastro ainda permanece,
E a moral da história está aí.

No dia seguinte o rastro farejado foi
Por um cão solitário que por ali passou;
Então o sábio vaqueiro
Seguindo a trilha por vales e estepes,
Trouxe o rebanho atrás de si,
Como os bons vaqueiros fazem.
E desde então surgiu grande clareira na mata,
Pela velha floresta surge um caminho.

E muitos homens por ela foram e voltaram
E alargaram, arrumaram, ampliaram.
E proferiram palavras de justa ira
Por ser tortuoso tal caminho.
Mas mesmo a contragosto ainda o trilharam,
A primeira trilha daquele bezerro,
Por entre árvores e entre espinhos ficou sinuosa
Pois cambaleava enquanto caminhava.
Este caminho na floresta virou rua,
Que curva, vira e curva novamente;
Esta rua torta virou estrada
De pobres cavalos com suas cargas
Labutando sob o ardente sol
Numa viajem de três milhas e meia.
E assim por um século e um meio
Seguiram nos passos daquele bezerro.

Os anos voaram velozes,
A estrada virou rua de aldeia;
E antes que os homens dessem conta,
Virou avenida congestionada da cidade;
E logo rua central de uma metrópole renomada;
E homens há dois séculos e um meio andaram
Na trilha de um bezerro. a cada dia cem mil
Pessoas seguem o cambaleio do bezerro;

Tal tortuosa jornada vira rota de continente.
Por onde passam cem mil homens
Passou um bezerro, morto há trezentos anos.
E eles ainda seguem o caminho tortuoso,
E perdem cem anos por dia;
E assim prestam tamanha reverência
A tão bem firmado precedente.
A lição moral que isto ensina por mim é pregada;

Os homens são propensos a seguirem cegos
Ao longo das trilhas dos bezerros da mente.
E a trabalhar dia a dia, sol a sol.
Para fazer o que outros homens fizeram.
Eles seguem no rastro batido,
Pela beira e pelo meio, para frente e para trás.
Permanecendo ainda em seus tortuosos caminhos,
Mantendo o caminho que outros fizeram,

Eles fizeram do caminho uma trilha sagrada,
Ao longo do qual suas vidas se movem.
Como sorri o velho sábio deus da floresta,
Ele que viu o primeiro bezerro passar!
Ah! Muitas coisas este conto poderia ensinar -
Mas não sou ordenado para pregar.

- Sam Walter Foss



Do livro "Cristianismo Pagão" de Frank A. Viola

Quando o Senhor Jesus andou nesta terra.


Por que vocês violam o mandamento de Deus por amor à sua tradição?

-Jesus Cristo

Quando o Senhor Jesus andou nesta terra, seus principais opositores vieram das duas principais facções religiosas daquele tempo: Os fariseus e os saduceus.

A facção farisaica aumentava as sagradas Escrituras. Eles agregavam à Palavra de Deus um punhado de leis humanas e as passavam para as gerações subseqüentes. Este conjunto de costumes consagrados, muitos deles chamados de “tradições dos anciãos”, passaram a ser considerados iguais às Escrituras Sagradas.

O erro dos Saduceus estava no outro extremo. Eles subtraíam blocos inteiros das Escrituras — considerando apenas a Lei de Moisés como digna de ser observada. (Os saduceus negavam a existência dos espíritos, anjos, alma, vida após a morte e a ressurreição).

O efeito imediato foi que quando o Senhor Jesus entrou no drama da história humana, Sua autoridade foi arduamente desafiada. A razão era simples. Ele não se enquadrava nos moldes religiosos de nenhum dos dois campos. Jesus era visto com suspeita tanto pelos fariseus como pelos saduceus. Não demorou muito para que esta suspeita se transformasse em hostilidade. Logo os fariseus e os saduceus começaram a planejar a morte do Filho de Deus!

Vivemos um tempo em que a história se repete. A moderna cristandade caiu nos mesmos erros dos fariseus e dos saduceus.

Na tradição dos saduceus, a grande maioria das práticas do século I já havia sido retirada da paisagem cristã. Meu livro, Repensando o Odre, revela algumas das práticas esquecidas que caracterizavam a vida da igreja no século I.

Mas o cristianismo moderno também é culpado de cometer o erro dos fariseus. Ou seja, o cristianismo moderno agregou um monte de tradições humanamente concebidas que acabaram suprimindo a direção funcional, real e vivificante de Jesus Cristo enquanto Cabeça de Sua Igreja.

Dessa forma, tanto os fariseus como os saduceus nos ensinaram uma lição muitas vezes esquecida: É tão nocivo diluir a autoridade da Palavra de Deus por adição como por supressão. Violamos as Escrituras tanto ao enterrá-las sob uma montanha de tradição humana, como ao ignorar seus princípios.



Frank Viola
Brandon, Flórida.
Dezembro de 2002.

“Mas o Imperador está nu!” Disse um garotinho. “Falou a voz da inocência!” Exclamou o pai; e cochichou para outro o que a criança dissera. “Ele está nu!” Correu de boca em boca. “Ele está nu!” Bradou finalmente o povo. O Imperador ficou envergonhado porque sabia que estavam certos; mas refletiu: “O cortejo precisa prosseguir!” Aprumou ainda mais o corpo, e os camareiros, solenes, continuaram fingindo segurar o manto real que não existia.


-Hans Christian Anderson

Estudo da Bíblia

Estudo da Bíblia

Essas são as partes que compõem o estudo bíblico entitulado “Um Papo Sobre a Bíblia”. Capítulo por capítulo vamos montar o estudo completo.

Parte 1 - O que pensar sobre ela?

Parte 2 - Origens

Parte 3 - Se ela não for literal, o que será verdade?

Parte 4 - Um Deus legislador

O estudo ainda se encontra incompleto. Semanalmente vou publicar capítulo por capítulo desse estudo.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Nesun Dorma At Idols

Muito tímido e simples mostrando suas habilidades raras quando ninguém acreditava nele.

O Propósito de Deus para o Tempo Presente

por T. Austin-Sparks

Seria proveitoso se nos recordássemos a natureza especial desta dispensação, que compreende o período que vai desde a ascensão do Senhor até sua volta. E é bom que recordemos (pois, é uma tragédia que não tenha sido recordado continuamente ao povo do Senhor ao longo desta dispensação) que nesta geração - nesta dispensação – a preocupação principal de Deus com relação a este mundo é tirar algo fora dele... e não fazer algo com ele, nem ter algo nele ou que proceda dele.

Até que cheguemos a ver com clareza este assunto, estaremos confundidos em qualquer outro assunto relacionado com o Senhor: Seja este sua obra, seu propósito, ou nossa vida em comunhão com ele.

O Senhor está proeminentemente ocupado em tirar algo fora deste mundo. Tudo o mais não é senão uma preparação deste mundo para o juízo. Quando a atividade de Deus acabar, ao “tirar esse algo” fora da terra, então tomará lugar o juízo deste mundo. Portanto, todas as idéias a respeito de melhorar este mundo e estabelecer um pouco de Deus nele, como parte dele – estabelecendo aqui algo para Deus – são idéias falsas que conduzirão a muitos erros... e, com o tempo, a uma completa desilusão.

Em conexão com a atividade primária de Deus na presente dispensação, o próximo assunto que temos que recordar é que esta extração desde a terra é algo principalmente espiritual. Verdadeiramente, o Senhor tem tirado o seu povo literalmente fora deste mundo de geração em geração, e terá – ao final – uma literal e poderosa saída do resto daqueles que esperam sua aparição. Mas, a saída ao longo da presente dispensação é principalmente uma coisa espiritual. A dimensão literal ou física dela não será senão o termo de uma fase.

Este “ser tirados” ocorre espiritualmente, em primeiro lugar, através de uma crise - a crise do novo nascimento – quando nos damos conta de que nascemos de outro reino e que já não continuamos pertencendo a este mundo: Pois na realidade mais profunda de nosso ser, por meio de um novo nascimento, já não somos desta terra senão de acima. Esta é a crise que nos tira fora deste mundo. Depois, em segundo lugar, esta crise, extração, redenção ou emancipação (qualquer seja a expressão que você prefira) é um assunto espiritual. É, em certo sentido, uma peregrinação; um movimento progressivo. E, enquanto caminhamos com o Senhor pelo verdadeiro caminho, somos levados, num sentido espiritual, mais e mais longe deste mundo. Estas são verdades simples e elementares, nenhuma delas nova, mas que precisam ser enfatizadas como uma forma de estabelecer o fundamental.

O que permanece de Deus neste mundo está aqui com três propósitos. Referimo-nos agora ao que veio por meio da crise, está em processo... mas está aqui ainda (aqui, ainda não como parte desta terra). Enquanto isso permanece, apresenta-se com três propósitos, que apontam, por sua vez, em três direções diferentes: em primeiro lugar, para Deus; em segundo lugar, para si mesmo; e, em terceiro lugar, para o mundo.

O propósito dirigido para Deus, por cuja razão estamos aqui, é a representação dos direitos de Deus na terra. Tal como Davi, que, conduzido fora de seu reino e longe de Jerusalém, enviou de regresso a Jerusalém ao sacerdote Sadoque com o Arca, como um depoimento de que esse era seu lugar e de que ele regressaria ali um dia. Portanto, o Senhor, quem foi conduzido fora deste mundo, põe aqui estrategicamente seu povo em relação com ele mesmo e em representação de seus direitos. Em conseqüência, somos chamados a permanecer deliberadamente aqui, sobre esta terra, contra as reclamações do usurpador, como um desafio às pretensões do demônio de ser o príncipe deste mundo, a favor dos direitos daquele cujo direito é reinar. Simplesmente permanecemos aqui, voltados para ele com este propósito.

Em referência ao aspecto deste propósito, que aponta às coisas de Deus que estão aqui, seu objetivo é a aprendizagem da verdadeira natureza do que pertence a Deus. Nos deixa sobre esta terra pelo tempo todo de nossa permanência no meio de outras coisas, com o objetivo de educar-nos. E nossa educação está orientada à aprendizagem de qual é a natureza do que é de Deus. Temos muitas lições por aprender. E temos muitos assuntos por conhecer, tais como a diferença entre o que é de Deus e o que é do homem; o que é de Adão e o que é de Cristo; o que é da terra e o que é do céu; o que é da carne e o que é do Espírito... e nossa educação se estende nesta direção.

Isto é algo muito prático e experimental. Se você e eu fôssemos levados repentinamente ao céu; vale dizer, se uma vez salvos fôssemos transplantados imediatamente ao céu, teríamos que conhecer completa e imediatamente a natureza de tudo o que é de Deus. Mas, deveríamos conhecê-lo de uma forma que agora não o fazemos. Para expressá-lo de outra maneira, agora estamos conhecendo-o de uma forma que não poderíamos fazê-lo se aquilo acontecesse. Depois, nosso objetivo deveria ser conhecê-lo, como algo que demanda tudo de nossa parte... até onde só podemos entrar dessa maneira. Mais, conduzidos aqui entre elementos em conflito, estamos aprendendo-o de uma maneira experimental. Isto é, sendo lavrados interiormente por meio de sofrimentos, contradições, disciplinas e um grande acumulo de história interior. Isto é, sendo lavrados para dentro de nosso próprio ser, pois esta é a forma em que Deus ensina a seu povo. É a mais frutífera das formas; caso contrário, ele teria adotado outro método.

Depois, temos a dimensão orientada para o homem daquilo que está aqui de Deus, cujo assunto é o testemunho e suas testemunhas. Estas duas palavras não significam o mesmo. A testemunha é o instrumento mesmo; o testemunho é aquilo que a testemunha entrega. O Senhor deve ter aqui algo que seja a encarnação da verdade; e que, sendo dita encarnação, entregue a verdade. Esta é a diferença entre a testemunha e o testemunho. E nós estamos aqui na terra, dirigidos para os homens e para o mundo, com este propósito: Ser a encarnação e a expressão da verdade. Portanto, observe você isto, enquanto o Senhor deixa o que é estrita e essencialmente seu aqui por um tempo, ele não quer que o seu se estabeleça – e se consolide – para converter-se em parte do presente estado de coisas. Aquilo está aqui somente por razão de seu divino propósito. Quando este propósito tenha atingido o ponto em que o Senhor considere, em sua exclusiva sabedoria e soberania, que o melhor para seu vaso é de que seja transplantado ao céu, então ele atuará em conformidade.

Tudo isto se encontra sintetizado em duas características da vida de Cristo:

a) Ainda que estava no mundo, não era do mundo. Durante essa breve permanência aqui, ele tinha abraçado todas as leis de uma vida que se vive em relação com o céu e não em relação com esta terra. Seu lugar, enquanto vivia aqui, estava no seio do Pai (com Deus, e não neste mundo). Ele viveu por meio das leis dessa relação, e o fez assim para mostrar ao futuro o fato de que o homem é chamado a viver para Deus. É verdade que ele era Deus. Essa não é a questão pelo momento. Mais bem, enfatizamos o outro lado para compreender porquê era necessário que ele vivesse aqui; e isto, para estabelecer, adiante, o fato de que o homem pode ainda viver sobre a terra e ser governado por leis que, sendo obedecidas, o farão algo mais do que um homem deste mundo. Isto pode soar complicado, mas pode resolver-se num fato singelo: Ele viveu como um homem neste mundo, ainda que não foi parte dele. E para fazê-lo, ele teve que se mover, governado por leis que não eram as leis deste mundo senão as leis do céu. Esta é uma fase de sua vida que sintetiza o que viemos dizendo.

b) Ainda que está no céu, ainda está expressando sua vida celestial na igreja por meio do Espírito Santo. Tudo está reunido nisto. O Espírito Santo foi enviado com o objetivo primordial de reproduzir a Cristo na igreja e, deste modo, constituir à igreja num Homem Celestial conforme a Cristo. Assim, para nós se volta imprescindível conhecer que é a vida no Espírito. Aquilo que o Senhor está procurando em forma preeminente durante esta geração é um povo espiritual que se encontre em posse de um conhecimento, um entendimento e uma percepção dele mesmo, o qual é um assunto inteiramente diferente de tudo quanto possui o homem natural... e que, em conseqüência, será aquilo que vai permanecer quando tudo o mais se for (e perdurará através de todas a provas e todas as dificuldades). É o conhecimento interior de Deus numa forma sempre crescente.

O cuidado do Senhor para nós neste tempo está relacionado com que deveríamos saber que a mente de Deus se acomoda a uma mente espiritual, constituída de acordo com Cristo nos céus por meio do Espírito Santo (o Espírito reproduzindo em nós a vida, a mente, a inteligência do Senhor Jesus, segundo o Homem Celestial de Deus). Se a característica mais importante da espiritualidade é a inteligência espiritual, que implica conhecer ao Senhor na íntima forma de seu pensamento e de seu propósito (isto é, do que se conforma a Deus), porque isto é o que vai sobreviver a todo resto; que seja isto o que se queira ao permanecer na preeminente e suprema atividade de Deus nesta dispensação. Este mundo, e todas as coisas relacionadas com ele, não vai ser o último. Em conseqüência, não afundaremos nossas raízes nele; não estabeleceremos fundamentos profundos nele; e não edificaremos em união com ele (com o nome de Deus sobre isso), nem sequer de uma maneira religiosa. Você e eu devemos entrar na suprema atividade de Deus nesta dispensação, a qual consiste em tirar fora deste mundo, em associação consigo mesmo, aquilo que permanecerá eternamente quando tudo o mais tenha passado.

Em consonância com o desejo de T. Austin-Sparks de que aquilo que foi recebido de graça seja dado de graça, seus escritos não possuem copirraite. Portanto, você está livre para usá-los como desejar. Contudo, nós solicitamos que, se você desejar compartilhar escritos deste site com outros, por favor ofereça-os livremente - livres de mudanças, livres de custos e livres de direitos autorais.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O JOIO NO CAMPO DE TRIGO

“Um inimigo fez isto!” — Jesus

Quando Jesus anunciou mistérios guardados desde a fundação do mundo através parábolas, ao contar um desses mistérios mediante a Parábola do “Joio e do Trigo”, Jesus disse que a razão da semente que Deus plantara no mundo ter sido boa, embora no curso da História as coisas tenham si tornado ambíguas, tinha a ver com o fato de, durante o sono humano (“enquanto os homens dormiam...”), um inimigo haver semeado o joio no Campo de Trigo, que é o mundo original.

E também disse que o Campo é o Mundo; e que o Trigo são os filhos do reino; e que o Joio são os filhos do inimigo.

Na própria Parábola Jesus cria a questão dos servos do Dono do Campo de Trigo, os quais lhe perguntam: “Queres que arranquemos o Joio?”

Ao que Ele responde: “Não! Para que porventura ao arrancardes o Joio não arranqueis com ele também o Trigo”.

E conclui que os filhos do reino terão que conviver com o disfarce do Joio até o fim...

A simplicidade dessas palavras carrega as respostas às questões mais freqüentes dos homens. Sim! Porque o que mais se ouve é: “Por que Deus criaria algo tão ambíguo?” Ou ainda: “Por que Deus permite que o poder da ambigüidade domine a História Humana?”

Além disso, pergunta-se também de onde vem essa semente do mal que existe indubitavelmente entre os homens.

Ora, da simplicidade da mente de Jesus o que nos vem como resposta é que a semente original era boa; que o diabo semeou a semente do mal entre os homens; que há homens-trigo e homens-joio; que a introdução do Joio aconteceu durante a Inconsciência Humana (o sono); que o poder do Joio está na Imagem, na aparência; e que o amor de Deus não delega a tarefa de separação de ambos para ninguém; pois, para Ele, a perversidade de milhões de Joios não justifica o equivoco da eliminação de nenhum Trigo. Pois, Deus ama o Trigo mais do que odeia o estelionato praticado pelo Joio.

Assim, Jesus diz que a separação de ambos é uma tarefa divina, e que homem algum poderá executá-la. Portanto, ensina Jesus que cada um cuide ser quem é; e não busque existir em função da maldade do outro.

O Trigo do Campo do Mundo é um ser frutuoso. O trigo se dá e produz muito fruto. O Joio, porém, ama a proximidade do Trigo, e existe para parecer ser, pois, existe em razão da semelhança; ou seja: da Imagem.

Nos dias de Jesus, do ponto de vista imediato, essa Parábola tinha a ver com Israel, e, por que tendo sido gerado por tão boa semente, tornara-se o Campo das Ambigüidades, com forte predomínio da Política de Imagem praticada pelo Joio-Religioso.

Entretanto, o significado da Parábola, conforme versos que a precedem, tinha a ver com a revelação de mistérios ocultos desde a fundação do mundo.

Desse modo o ensino de Jesus se estende para trás e para frente, mostrando que o fenômeno humano é feito de tal ambigüidade. E mais: que a infiltração da semente do Joio no Campo de Trigo aconteceu por um plantio do diabo durante o estado de inconsciência dos homens. “Enquanto dormiam”.

É no Inconsciente que as boas e as más sementes são semeadas em nós!

É durante o “sono” de uns que o surto de outros cresce!

E mais, falando de um modo hoje considerado simplista e politicamente incorreto, Jesus simplesmente diz que existem humanos que são semente do reino e que há outros que carregam a semente do inimigo, do diabo.

Dura é esta palavra!

Ele mesmo, Jesus, não teve qualquer pudor ao chamar os religiosos de Israel, que vivem de Imagem e de Leis, porém sem amor e misericórdia, de “filhos do diabo”; e disse que a ambição da vida deles era homicida, e, portanto, tinha a ver com satisfazer os desejos do diabo, que era “o pai deles”.

Os que ouviram isso (João 8), disseram que eles eram “filhos de Abraão”, e não do diabo. Jesus, porém, disse que se assim era, que eles então dessem o mesmo fruto que Abraão dera. Do contrário, eles eram Joios vivendo de Imagem e Proximidade Histórica com o Trigo-Abraão, sem que gerassem o fruto que correspondia à semente de fé de Abraão.

O fenômeno da existência do Joio é por Jesus simplificado quando Ele diz que o inimigo, que é descrito mais adiante como sendo o diabo, os plantara no Campo de Trigo. Assim, sem nenhuma preocupação de ser bem ou mal entendido, Ele apenas diz que no mundo existem filhos da boa semente e filhos da semente do mau.

Ora, se alguém está ofendido, certamente o está apenas em razão de ser Joio. O Trigo do Campo não se ofende com isto, pois, ele, tem como resposta não uma discussão, mas o seu próprio fruto de amor.

Entretanto a simplicidade de Jesus ofende o Joio, o qual se sente descortinado e denunciado em sua ausência de fruto de bondade, enquanto apenas existe para aparentar ser, em flagrante consagração à Imagem.

Os filhos da boa semente, o Trigo, são e dão seu fruto, e não discutem essa questão. O Joio, todavia, como não tem o que produzir, discute; e, na sua ânsia de continuar oculto, elege temas do Trigo, crendo que a mera discussão os fará serem visto como Trigo.

Imagem é o único produto do Joio!

O Trigo dá fruto. O Joio deseja parecer que dá. O trigo sabe quem é. Já o Joio quer que os outros pensem que ele é. O Trigo cuida de si mesmo. Já o Joio cuida de sua reputação e aparência exterior.

Desse modo Jesus ensina que o Trigo é Essência, mas que o Joio é Imagem e Aparência.

O Trigo é da Verdade. O Joio é da Moral. O Trigo é da Vida. O Joio é da Performance. O Trigo é do amor. O Joio é da Filantropia como Marketing. O Trigo é. Mas o Joio quer apenas parecer ser.

Entretanto, o discernimento humano não é acurado o suficiente a fim de poder com certeza discernir um do outro. Desse modo, a paciência divina, por amor ao Trigo, e para que ele não seja arrancado pela ação insana de nenhum justicismo, diz que tal tempo e hora de separação somente Deus faz e fará.

O Joio, todavia, não é como o Trigo. É do Joio que procedem os juízos, as morais aparentes, os virtuosismos performáticos, e a propaganda. Mas é do Trigo que procede o Pão da Esperança que alimenta o mundo.

Nele, que Logo separará Joio do Trigo; no Seu tempo; e que dá sinais de estar chegando,

Caio

9/03/07

Lago Norte

Brasília

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A Fuga




Cedo dormiu sem mesmo ver o entardecer

E a gélida noite chegou a serenar todo o capim
O dia se afigurara árido e exaustivo

Num desfilar de mágoas e tristezas

e o sono veio como fuga ou estopim

Pobre moreno, ainda pensa que ao dormir
conquistará os sonhos que perdeu

Se ele então soubesse o que agora sei

se vestiria de alegria e não da lei

e se libertaria ao raiar do dia...
Pois a alma que muito se prende, mais se rende...
Àquilo que lhe sabe ser pecado seu

Ana D´Araújo