sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A Fuga




Cedo dormiu sem mesmo ver o entardecer

E a gélida noite chegou a serenar todo o capim
O dia se afigurara árido e exaustivo

Num desfilar de mágoas e tristezas

e o sono veio como fuga ou estopim

Pobre moreno, ainda pensa que ao dormir
conquistará os sonhos que perdeu

Se ele então soubesse o que agora sei

se vestiria de alegria e não da lei

e se libertaria ao raiar do dia...
Pois a alma que muito se prende, mais se rende...
Àquilo que lhe sabe ser pecado seu

Ana D´Araújo


Um comentário:

Anônimo disse...

"Preciso me tornar amado nas situações mais comuns de meu dia-a-dia e, pouco a pouco, diminuir a distância existente entre o que sei que sou e as inúmeras realidades específicas da vida cotidiana. Tornar-se amado é trazer a verdade revelada a mim pelos céus e inserí-la na banalidade de meus pensamentos, minhas palavras e minhas ações a cada momento." - Extraído do livro O Impostor que vive em mim.

Carla Amorim