-Jesus Cristo
Quando o Senhor Jesus andou nesta terra, seus principais opositores vieram das duas principais facções religiosas daquele tempo: Os fariseus e os saduceus.
A facção farisaica aumentava as sagradas Escrituras. Eles agregavam à Palavra de Deus um punhado de leis humanas e as passavam para as gerações subseqüentes. Este conjunto de costumes consagrados, muitos deles chamados de “tradições dos anciãos”, passaram a ser considerados iguais às Escrituras Sagradas.
O erro dos Saduceus estava no outro extremo. Eles subtraíam blocos inteiros das Escrituras — considerando apenas a Lei de Moisés como digna de ser observada. (Os saduceus negavam a existência dos espíritos, anjos, alma, vida após a morte e a ressurreição).
O efeito imediato foi que quando o Senhor Jesus entrou no drama da história humana, Sua autoridade foi arduamente desafiada. A razão era simples. Ele não se enquadrava nos moldes religiosos de nenhum dos dois campos. Jesus era visto com suspeita tanto pelos fariseus como pelos saduceus. Não demorou muito para que esta suspeita se transformasse em hostilidade. Logo os fariseus e os saduceus começaram a planejar a morte do Filho de Deus!
Vivemos um tempo em que a história se repete. A moderna cristandade caiu nos mesmos erros dos fariseus e dos saduceus.
Na tradição dos saduceus, a grande maioria das práticas do século I já havia sido retirada da paisagem cristã. Meu livro, Repensando o Odre, revela algumas das práticas esquecidas que caracterizavam a vida da igreja no século I.
Mas o cristianismo moderno também é culpado de cometer o erro dos fariseus. Ou seja, o cristianismo moderno agregou um monte de tradições humanamente concebidas que acabaram suprimindo a direção funcional, real e vivificante de Jesus Cristo enquanto Cabeça de Sua Igreja.
Dessa forma, tanto os fariseus como os saduceus nos ensinaram uma lição muitas vezes esquecida: É tão nocivo diluir a autoridade da Palavra de Deus por adição como por supressão. Violamos as Escrituras tanto ao enterrá-las sob uma montanha de tradição humana, como ao ignorar seus princípios.
Frank Viola
Brandon, Flórida.
Dezembro de 2002.
“Mas o Imperador está nu!” Disse um garotinho. “Falou a voz da inocência!” Exclamou o pai; e cochichou para outro o que a criança dissera. “Ele está nu!” Correu de boca em boca. “Ele está nu!” Bradou finalmente o povo. O Imperador ficou envergonhado porque sabia que estavam certos; mas refletiu: “O cortejo precisa prosseguir!” Aprumou ainda mais o corpo, e os camareiros, solenes, continuaram fingindo segurar o manto real que não existia.
-Hans Christian Anderson
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