segunda-feira, 29 de setembro de 2008

COMO DEUS VÊ A MULHER?

Por Frank Viola

Nota: Esta é a tradução de uma mensagem dada por Frank Viola a uma nova igreja plantada em Santiago, Chile, no dia 31 de Dezembro de 2001.

Após esta mensagem, se esta fita sair daqui e alguém a escuta neste país, serei definitivamente condenado como herege. Quiçá até ponha minha vida em perigo. E o que é mais, após a mensagem desta noite, alguns dos homens aquí presentes não desejarão que regresse.

As mulheres, não obstante, pedirão que me mude a este país!

Tomemos nota dos seguintes versos:

E as mulheres que tinham vindo com Ele desde Galiléia seguiram atrás, e viram o sepulcro e como foi colocado o corpo. (Lucas 23:55 LBLA)

Todos estes estavam unânimes, entregados de contínuo à oração junto com as mulheres, e com Maria a mãe de Jesus, e com os irmãos dEle. (Atos 1:14 LBLA)

Vou preparar a cena descrevendo como eram vistas as mulheres antes da vinda de Jesus. Por conseguinte, situemos-nos em Israel nos dias antes do nascimento de Cristo.

Os judeus tinham uma visão um tanto difusa a respeito da mulher. Não lhes era permitido receber educação alguma, em conseqüência eram bastante incultas. As unicas coisas que sabiam fazer era criar aos filhos e manter a casa.

Também as mulheres estavam um tanto excluídas da adoração a Deus. No templo de Herodes, tinha um pátio exterior onde podiam estar, era este chamado o "Pátio dos Gentios". Os gentios podiam entrar nesse pátio e estavam limitados somente a essa área. Cinco degraus acima desse pátio dos gentios encontrava-se o "Pátio das Mulheres". As mulheres estavam limitadas somente a essa área. Quinze degraus acima deste pátio encontrava-se o "Pátio dos Homens" judeus. Assim lhes era dado um privilégio bem maior para adorar a Deus que às mulheres.

Um mulher não tinha poder de decisão em seu casamento. O pai decidia com quem tinha que se casar, quando devia se casar e porque tinha que se casar. A mulher não podia se divorciar de seu esposo sob nenhuma condição. Somente o homem podia iniciar o divórcio.

A mulher judia devia ser vista em público o menos possível; de fato, eram advertidos aos jovens a não falar em público com mulheres, a tal ponto, que era uma vergonha, na antiga Israel, o que um homem falasse em público com uma mulher.

Conseqüentemente, a maioria das mulheres não saíam às ruas. Eram consideradas inferiores aos homens. Eram uma propriedade igual ao gado e os escravos. Uma mulher era vista como posse exclusiva do homem e não podiam herdar propriedades.

Os homens judeus diariamente oravam dando sua ações de graça.

Vou ler-lhes esta oração. Mostra a pouca estima que o homem judeu tinha para a mulher. Diz assim:
- Louvado seja Deus, que não me criou gentil
- Louvado seja Deus, que não me criou mulher
- Louvado seja Deus, que não me criou homem ignorante.

Este era o ponto de vista do homem judeu do século primeiro para a mulher. Não era muito melhor em outras culturas. De fato, desde a queda do homem, a mulher sempre foi considerada como um cidadã de segunda categoria – inferior ao homem.

Mas algo sucedeu que fez mudar isto…

Cristo veio!

Em Jesus Cristo encontramos a visão que Deus tem sobre a mulher. Não do ponto de vista do homem. Não do ponto de vista do americano. Não do ponto de vista do europeu. Não do ponto de vista do asiático, nem do africano, nem do sul-americano. Nem sequer o ponto de vista chileno. Senão o ponto de vista de Deus!

Jesus Cristo é Deus feito carne. Portanto, Ele expressa o coração de Deus. Em Sua vida terrena, Jesus Cristo era a expressão visível de Deus em pessoa. Assim em suas ações e em suas palavras, encontramos o ponto de vista de Deus a respeito da mulher. E este ponto de vista é extremamente contrário ao mais prevalente ponto de vista daquela época.

Consideremos isto. Deus visitou a uma mulher. Ele elegeu a uma mulher para trazer a este mundo a Seu Filho, o Messias – O Ungido de Deus – que Israel estava esperando a milhares de anos.

Ele determinou que Seu Filho unigênito viesse a este mundo por meio de uma mulher. A vida de Deus, irmãos e irmãs, foi, em primeiro lugar, colocada no seio de uma mulher antes de chegar a nós. Antes que a vida de Deus fosse posta em algum outro ser humano, antes de que a vida de Deus fosse posta em outro homem, foi em primeiro lugar colocado dentro de uma mulher. E Deus não se sentiu envergonhado por isso!

Irmãs, este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher. Tomem o alto lugar que lhes corresponde.

Mas isto não é tudo. Durante seu ministério, Jesus Cristo fez em pedaços todas as convenções sociais que eram colocadas em frente à mulher. Numa ocasião, Ele se levantou em defesa de uma mulher acusada de adultério. Converteu-se em seu advogado. Ele salvou seu vida. E Deus não se envergonhou por isso.

Era sabido que Cristo se juntava com pecadores, comia com prostitutas e coletores de impostos. Diz-nos no capítulo 4 de João encontrou-se com uma mulher que era de Samaria e Ele fez algo que deixou assombrados a seus discípulos.

Falou com ela em público!

E não se envergonhou por isso.

Mas não somente era uma mulher, senão que também era divorciada. E não somente era divorciada senão que também era uma adúltera vivendo em adultério.

Não somente era uma mulher, uma divorciada, uma adúltera vivendo em adultério, senão que era pior que um gentil: era uma samaritana – uma mulher de baixa casta. Um samaritano era uma pessoa à que nunca um judeu lhe dirigia a palavra.

Mas nosso Senhor falou em público a esta mulher samaritana, divorciada e adúltera e perdoou-lhe seus pecados. [e revelou-se a ela como o Messias].

E não se envergonhou por isso.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

E ainda não é tudo. Em Suas parábolas, Jesus Cristo tinha por costume converter às mulheres em heroínas. Falou a respeito da mulher que buscou sua moeda perdida. Falou da mulher que foi incansável com o juiz injusto e a honrou por seu perseverança. Falou da viúva que depositou no templo uma pequeníssima quantidade de dinheiro, o único que tinha, e a engrandeceu por assim o fazer. E não lhe deu vergonha.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Em certa ocasião, quando Jesus ceava com um fariseu de renome, entrou uma mulher. Mas esta não era uma mulher comum. Era uma mulher da rua – uma prostituta.

Ao ver ao Senhor, deixou-se cair de joelhos e extraiu todas suas poupanças. Sacou todas as posses que tinha neste mundo na forma de um frasco de azeite de incalculável valor, o rompeu o derramando sobre os pés de nosso Senhor.

Esta mulher impura tocou a Jesus Cristo! Em público!

A mulher chorou, lavando os pés de Jesus Cristo com suas lágrimas e secando-os com seus cabelos.

Este ato escureceu a mente do pretensioso fariseu e nesse momento, perdeu todo o respeito que tinha por Jesus chegando a duvidar que Ele fosse um profeta.

Mas Ele não se envergonhou!

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Mas isto também não é tudo. Vosso Senhor permitiu a uma mulher impura que lhe tocasse a borda de Sua túnica e não se envergonhou por isso. De fato, louvou-a por tê-lo fato! Do mesmo modo deu a uma mulher cananéia, os que eram considerados como cães aos olhos dos israelitas, um dos mais altos elogios que Jesus deu. Do mesmo modo sanou a sua filha e também não envergonhou-se por isso.

Nas últimas horas do Senhor na terra, ficou numa pequena vila chamada Betânia. Foi ali onde passou nos últimos dias dantes de dar Sua vida no Calvário. Jesus foi à casa de duas mulheres que habitavam em Betânia. Elas eram Suas amiga e como tal lhe receberam e Ele não se envergonhou por isso.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Quando Lucas escreve seu evangelho, fala dos doze apóstolos. Com freqüência, referindo-se a eles, utiliza a abreviatura “os Doze”. Esses homens estiveram com o Senhor por três anos e meio. Viveram com Ele e lhe seguiram a todas partes onde foi. Mas Jesus também tinha um grupo de mulheres que lhe seguiam em adição aos Doze. Lucas também utilizou uma abreviatura para se referir a elas. Simplesmente chamou-as “as Mulheres”. Ele utiliza esta palavra na mesma forma que utiliza os Doze. Elas eram as discípulas do Senhor. Eram Suas seguidoras igual aos Doze. As Mulheres seguiam ao Senhor por onde queira que Ele for e lhe atendiam em Suas necessidades. Cuidavam-lhe e em nenhum momento Ele se sentiu envergonhado por isso.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Mas ainda há mais. Os maiores discípulos de Jesus Cristo não foram os Doze.

Foram as Mulheres.

A razão?

Porque elas lhe foram mais fiéis.

Quando Jesus Cristo foi levado à morte, os doze desapareceram. Desvaneceram-se. Disseram-lhe “até a vista, amigo”.

Mas as mulheres estiveram com Ele!

Não lhe abandonaram.

Seguiram-lhe até o Calvário fazendo o que sempre tinham feito: confortar-lhe.

E viram-lhe passar por uma sangrenta e mortal crucificação.

Seis horas de tortura.

Ao ver um homem passar pela mais miserável e penosa morte é algo que vai na contramão de até a mais pequena fibra que mora no corpo de uma mulher. Não obstante, não lhe abandonaram. Estiveram com Ele todo esse tempo e Ele não se envergonhou por isso.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Após Sua morte, foram as Mulheres quem foram em primeiro lugar a seu enterro. Elas lhe seguiam e lhe cuidavam até após Sua morte.

E quando ressuscitou, as primeiras caras que Ele viu – os primeiros olhos que lhe viram – foram os olhos das Mulheres.

Foi a elas a quem lhes foi dado o privilégio de anunciar Sua ressurreição… e não se envergonhou por isso.

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

No dia de Pentecostes as mulheres estavam presentes no aposento superior – esperando Sua volta – junta aos Doze. Elas nunca lhe abandonaram. Quando os homens não lhe estão seguindo mais, elas o fazem. Seguiram-lhe até o final. Sua paixão e dedicação para com Ele escureceu à dos homens… e Deus não se envergonhou por isso.

Por toda a vida do Senhor, foram as mulheres as que se cuidaram de Suas necessidades físicas. Foram as mulheres as que lhe cuidaram inclusive até o amargo final de seu glorioso clímax. Não foram os homens, senão as mulheres as que apoiaram a Jesus financeiramente durante Seu ministério.

Lucas 8
1 Depois disso Jesus ia passando pelas cidades e povoados proclamando as boas novas do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele,
2 e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, de quem haviam saído sete demônios;
3 Joana, mulher de Cuza, administrador da casa de Herodes; Susana e muitas outras. Essas mulheres ajudavam a sustentá-los com os seus bens.


Elas eram indispensáveis para Ele… e não se envergonhava por isso.

Mas para além de todas essas coisas maravilhosas que o Senhor fez para mostrar a beleza da mulher, Ele fez algo mais.

Ele te elegeu a ti – uma mulher – como mostra, para nos dizer por quem tinha vindo morrer nesta terra: Sua Esposa. E também não deu-lhe vergonha!

Irmãs, tomem o alto lugar que lhes corresponde. Este é o ponto de vista de Deus sobre a mulher.

Irmãos, honrem a suas irmãs no Reino de Deus. Pois Deus honra-lhes a elas.

Permitam-me recordar-lhes que quando Deus extraiu a Eva de Adão, Ele não o fez de seus pés nem de sua cabeça, senão de seu lado.

Irmãs, vocês sois as parceiras herdeiras no Reino de Deus. Vocês sois as parceiras sacerdotisas na igreja. Sois honradas. Sois queridas. Sois valiosas. Sois necessárias. Em Cristo não há homem nem mulher. Sois Suas amigas, Suas seguidoras, sim, sois de Sua própria classe.

Por conseguinte, irmãs, tomai o alto lugar que vos corresponde… pois assim é como Deus vos vê.

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