sexta-feira, 24 de outubro de 2008

IGREJA APENAS PARA TERRÁQUEOS OCIDENTAIS!


CRISTO PEQUENO, IGREJA APENAS PARA TERRÁQUEOS OCIDENTAIS!

Paulo nos diz que Jesus é o centro de todas as coisas nos céus, na terra, e em qualquer dimensão ou existência.

Para Paulo Jesus é Aquele em Quem tudo o que existe subsiste.

Ele é também, segundo o apóstolo, o Senhor e Salvador de todos os mundos, criaturas e criações.

Sim! Paulo via Jesus como o Criador-Cordeiro-Coração-Pulsante do Universo.

Ora, no meio disso tudo Paulo também diz que Deus deu Jesus como o Cabeça da Igreja, a fim de que o ambiente espiritual do que Deus vê e conhece como Corpo de Cristo, seja tomado de toda a plenitude de Deus; ou seja: para que na Igreja habite a plenitude Daquele que enche todas as coisas.

Obviamente que pela consciência de Paulo acerca do Senhorio de Cristo em todos os mundos existentes, possíveis e impensáveis, ou seja: o mundo “de qualquer outra criatura” — também se pode concluir que ele também carregava uma consciência do significado supra-histórico do conceito de Igreja.

De fato, tendo o Deus no máximo Planetário que os cristãos possuem, não lhes é possível discernir o conceito multi-cósmico do que Paulo chama Igreja.

A Igreja para Paulo era feita, no tempo, de todas as expressões de consciência do amor de Deus no mundo, independentemente de qualquer coisa, pois, Deus, em Cristo, unilateralmente, se reconciliara com o mundo, e, no mundo, todo aquele que ame e busque verdade e justiça, Lhe é agradável.

E mais:

Para Paulo a Igreja era feita de todos antes, durante e depois dele; tanto entre os homens como entre os anjos. Sim! Todos os entes santos eram Igreja desde sempre!

Sim! Paulo cria que onde quer que haja uma criatura consciente de si mesma em Deus, tal criatura é parte da Igreja, da Assembléia dos santos, e da incontável nuvem de testemunhas em todas as dimensões.

A missão de Paulo na terra era fazer tal mistério antes oculto, e agora revelado, tornar-se conhecido de todos os homens, a fim de que, instruídos na verdade do Evangelho, servissem a Deus em liberdade, consciência em fé e mente aberta e cheia de adoração, ante a percepção da altura, da largura, do comprimento, e da profundidade do significado de todas essas coisas.

Ora, para Paulo, tais alargamentos de significados somente são possíveis pela compreensão que em nós cresça para incluirmos no amor de Deus toda a criação, onde quer que ela, a criação, seja verificada como existente.

Assim, Paulo jamais se assustaria com a descoberta da existência de qualquer mundo ou universo que fosse, pois, para ele, nenhuma criatura existia sem Cristo; e, mais que isto: nenhuma delas teria poder de nos afastar do amor de Cristo.

Portanto, para o apostolo, quem tem real conhecimento do significado do Senhorio de Cristo e, também, do significado supra-histórico do que seja Igreja, esse tal anda reconciliado com toda criação e sem temor de nenhuma criatura.

E mais que isto: tal pessoa se sabe irmã de muitas e todas as criaturas redimidas, nos céus, na terra, ou em qualquer outra dimensão.


Caio

19 de outubro de 2008

São Paulo

SP

Fonte: www.caiofabio.com

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