quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O que é ser crente hoje?


Durante muito tempo fomos taxados de excêntricos, retrógrados e demais epítetos que caracterizavam basicamente um estilo de vida incomum para os padrões brasileiros de liberdade e religiosidade. Hoje somos só os crente, os bíblia, os hipócritas, os mentirosos.

Não defendo esta ou aquela denominação, não defendo a minha denominação, o que busco entender é porque estamos tão longe da simplicidade do Evangelho, não é preciso ser nenhum teólogo formado, para saber que o maior desejo de Cristo nas suas entrelinhas
[CO1] era de transformar nosso caráter deformado pelo pecado no caráter de Deus. Mas hoje o caráter é a ultima coisa a ser transformada.

Hoje ser crente é basicamente não ser católico e só! Medo de que? do diabo!? Nada temos medo dos outros crentes, dos "poderosos intocáveis", e, pelo medo, admitimos o pecado dentro da casa. Eu não pretendo ser mais correto, nem levantar a bandeira da santidade convencional, que já está hasteada, só acho que como vocacionados, engolirmos passivos todas essas mazelas hoje, amanhã certamente acordaremos desse sonho que é a "igreja avivada brasileira" (tudo minúsculo, pois não é essa a Igreja Avivada de Deus), perceberemos que tudo não passou de folia e discursos vazios partidos de nós os que sabem como o fazer o bem, mas não o fazemos.

Eu tenho dificuldades para entender a passividade que nós crentes temos de ser verdadeiramente crentes em determinadas situações, penso que as tais situações são motivadas por razões moralmente condenáveis em nosso Livro de Regra tão alardeadamente citado como orientador das nossas decisões, no entanto, elas são fortes o suficiente para serem colocadas em um campo neutro do nosso crivo pseudomoral evangélico.

Uma nova reforma está a caminho, o problema é que os reformadores ainda não se levantaram, e os crentes brasileiros, proponentes dessa reforma se dividem em dois grupos insossos:

[1]Os que não entendem porque são crentes e agem como se não fossem um. Estes estão envolvidos por uma aura que os impede de sentir as dores que nunca deixaram de existir no mundo, e muito menos de se compadecer pelos que sentem essas dores. A vida gira em torno deles e não de Deus.


[2]Os que sabem que são crentes, mas estão entorpecidos demais com tanta "benção" espiritual, tanto mover, tanto vento forte soprando sobre suas frontes, que não são capazes falar aos crentes do primeiro grupo que estão no caminho errado, pois tem medo deles se voltarem contra e perderem a "benção".

Texto de João Carlos [via Sol do Meio Dia]

P.S.: Cara, esse demoniozinho da Tasmânia ilustra muito bem "us crente" de hoje... nervosiiiinhos... [rs]

Fonte: http://thiagomendanha.blogspot.com/2008/09/o-que-ser-crente-hoje.html


[CO1]Não era “nas entrelinhas” e sim abertamente declarado. Ele disse a Nicodemos que ele tinha que nascer de novo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu acho que cada um tem que cuidar de si e a salvação é individual.
Deus conhece os nossos pensamentos e conhece o nosso coração.
Admito que peco sim, afinal de contas, a única pessoa no mundo que nunca pecou morreu e ressuscitou, e breve virá para arrebatar a sua igreja, mas para isso precisamos estar preparados, capacitados.
Não é porque está escrito na Bíblia "a carne é fraca" que eu posso pecar de tudo quanto é maneira. Temos que ser vigilantes e prudentes, sempre em constante oração, para que possamos estar em plena comunhão com nosso Pai Amado.
Ps.: Só para acrescentar o seu texto, ainda há o tipo de crente desleixado, que só pensa em prosperidade material, mas orar e se consagrar que é bom, tem preguiça de fazer.

Abraços